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No “Auto da barca do inferno” (1517), o português Gil Vicente apresenta dois personagens principais, o Diabo e o Anjo, como barqueiros em um porto. Em suas barcas, o Diabo e o Anjo recebem os passageiros rumo ao inferno ou ao céu.

Entre esses personagens, cabe ressaltar o Corregedor (o magistrado, o juiz) e o Procurador (o advogado), ambos representando figuras da Justiça.

O Corregedor, carregando processos e uma vara, é acusado de manipular a justiça e de receber suborno. Ao ser questionado sobre seus atos, começa a falar expressões em latim. Já o Procurador, carregado de livros, beija a mão do juiz e, “esperando por Deus”, embarca com o Diabo.

O texto está em domínio público.